O Impacto Ambiental das nossas atividades digitais

Esta reportagem do The Guardian nos faz pensar no crescente impacto ambiental de nossa atividade online, comparando dados ao “novo petróleo”. Com a demanda por dados aumentando rapidamente, grandes empresas de tecnologia estão construindo cada vez mais datacenters, que consomem quantidades significativas de energia e água. Isso levou alguns países a impor moratórias sobre novos desenvolvimentos de datacenters, enquanto empresas como Google e Microsoft buscam soluções alternativas, incluindo energia nuclear.

A pegada de carbono de nossas atividades digitais cotidianas é difícil de quantificar com precisão, mas estimativas sugerem que pode variar de 448 a 850 kg de CO2 por ano por pessoa. Atividades como streaming de vídeo, uso de redes sociais, e até mesmo pesquisas na internet contribuem para essa pegada. A adoção generalizada de inteligência artificial generativa está exacerbando o problema, com estimativas indicando que pesquisas baseadas em IA podem usar até 10 vezes mais energia do que pesquisas tradicionais.

Diante desse cenário, especialistas recomendam a adoção de uma “sobriedade digital”. Isso implica em estar mais consciente sobre como usamos tecnologias digitais e ferramentas de IA, pensando duas vezes antes de realizar atividades online desnecessárias. O artigo conclui fornecendo estimativas de uso de dados para várias atividades online comuns, desde ouvir podcasts até jogar videogames, para ajudar os leitores a entenderem melhor seu consumo digital.

Resumo e ilustração produzidos por inteligência artificial.

Matéria completa você pode ver neste link do site.

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Obrigado por compartilhar @CentroEcologico.
Certamente é necessária uma discussão mais sincera ao redor do consumo responsável no ambiente virtual. As ideias hegemônicas no mundo digital promovem o consumo irresponsável, o gasto energético desnecessário, contaminação ambiental e em certa medida estão numa escala de valores que se contrapõe aos princípios da agroecologia e da sustentabilidade ambiental.

A reportagem reflete o que já vem sendo mencionado por pessoas da ciência social sobre como o software e a infraestrutura são também um espaço onde se disputam ideias, políticas e concepção de mundo. Dois exemplos dessa temática são o livro sobre “Bitcoin e extremismo de ultradireita”` e a “Batalha épica da internet das coisas”. Ambos textos mencionam o quanto de preocupante é a luta desenfreada por consumir energia e recursos para promover consumo irresponsável de conteúdo digital.

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