Compartilho aqui uma parte do texto da Miriam Bastian sobre o direito ao conserto.
O texto menciona a relação entre as limitações impostas ao consumo por parte de empresas de tecnologia (hardware, software), veículos ou tratores que limitam o conserto de ferramentas por motivos de mercado, visando estimular maior consumo e, por conseguinte maior contaminação ambiental, extração irresponsável de minério e de outros recursos naturais.
O direito ao conserto apoia mais do que apenas a sustentabilidade e a acessibilidade econômica
O direito ao conserto é importante por vários motivos: liberdade em primeiro lugar, mas a possibilidade de reparo também é vital se quisermos reduzir as toneladas de lixo eletrônico que produzimos e cuidar da terra que nos nutre.
Além disso, um ciclo de vida longo para nossas ferramentas ajuda a tornar a vida mais acessível em nível de subsistência.
Se quisermos lutar efetivamente pelo direito ao conserto, é importante perceber que a impossibilidade de reparo é apenas um sintoma; na cultura tecnológica atual, a raiz do problema quase sempre se resume à falta de liberdade de software. Quando o software não é livre, ele nos priva do direito de estudar e modificar um dispositivo e, portanto, nos impede de consertá-lo. Mesmo que possamos modificar o software não gratuito, não temos permissão para compartilhar essas melhorias com outras pessoas para ajudá-las a atualizar ou consertar seus aparelhos também.
Miriam Bastian
Program Manager
Link para o texto original:
https://www.fsf.org/blogs/community/the-right-to-repair-supports-software-freedom